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Entre os dias 11 a 15 de novembro, o Transforma participou da Cúpula do G20 Social no Rio de Janeiro. Em conjunto com outras instituições, nossos pesquisadores organizaram e participaram de diversas mesas, debatendo principalmente questões ligadas à transformação ecológica, desigualdade, justiça social e o Sul Global.
Em parceria com o MADE-USP, o Transforma organizou a mesa “A transformação ecológica no mundo pós-neoliberal: o papel do G20″. Participaram da mesa o prof. Ha-Joon Chang (SOAS, Uni. of London), profa. Cristina Reis (UFABC e Sec. de Política Econômica), profa. Luiza Nassif (IE-Unicamp e MADE-USP) e prof. Marco Rocha (IE-Unicamp e Transforma-Unicamp). A mesa se propôs a discutir o financiamento da transição ecológica justa, tendo como base o plano brasileiro de transformação ecológica, apresentado pela profa. Cristina Reis em nome do Ministério da Fazenda.
Os pesquisadores prof. Pedro Rossi (Global Fund for a New Economy e IE-Unicamp) e Clara Saliba participaram da mesa Limite de Carbono Redistributivo: financiando uma transição justa por meio da Renda Básica Universal, organizada pela Equal Right com apoio do Transforma, UNESCO Chair of Global and Social Inequalities e Rede Brasileira de Renda Básica. Nela, discutiu-se a viabilidade da tributação do carbono como uma saída ao imperativo da crise climática, e de que forma as políticas de renda básica podem contribuir para a transição justa.
O prof. Marco Rocha, diretor do Transforma, também participou da mesa Lições desde a Colômbia e o Sul Global: recomendações desde a pesquisa-ação e a atuação da sociedade civil para justiça econômica e climática, organizada pelo Dejusticia (Centro de Estudios en Derecho, Justicia y Sociedad). A mesa discutiu mecanismos para reduzir a assimetria entre os países mais ricos, com maiores recursos financeiros e que concentram a emissão de gases do efeito estufa, e os países mais afetados, que terão maiores custos de adaptação e menor capacidade financeira para o enfrentamento da crise climática.
O evento, que ocorreu na semana anterior à 19ª reunião da Cúpula de Líderes do G20, também na cidade do Rio de Janeiro, representou um esforço de ampliação do papel da sociedade civil como central nas decisões que moldam o futuro do planeta. Idealizado pela presidência brasileira do fórum, foi a primeira vez que a sociedade civil, por meio de movimentos sociais, organizações não governamentais, pesquisadores e ativistas, pôde estruturar propostas para a Cúpula da semana seguinte, que contou com os principais governos do mundo. Ocorreram diversas atividades autogestionadas, como as que tiveram participação de pesquisadores do Transforma. Ao final do evento, foi entregue a Declaração Final do G20 Social, elaborada por diversos grupos participantes do evento. A Cúpula está confirmada para ocorrer novamente em 2025, na África do Sul.